quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Brasil é o 60º país mais conectado no mundo, diz UIT


São Paulo - Um estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) aponta alguns dados reveladores sobre o Brasil. As operadoras de telefonia brasileiras estão na quarta posição entre as que mais faturam no mundo. Mas o pais fica em 60º lugar no nível de desenvolvimento dos serviços de telefonia e acesso à internet. Os brasileiros também estão entre os povos que comprometem maior percentual da renda com celular, 7,3%. O país fica em 44º lugar nesse quesito. A boa notícia é que o Brasil é, também, um dos países que mais melhoram nessa área e um dos que mais investem.
O estudo anual da UIT (uma agência da ONU), chamado “Medindo a Sociedade da Informação”, avalia o acesso à internet e a telefonia celular e fixa em 155 países. A edição deste ano é baseada em dados de 2011. Considerando 11 indicadores diferentes, a ITU calcula o ICT Development Index ou IDI (ICT é a sigla de  “tecnologia de informação e comunicação” em inglês). Esse índice mede o nível de desenvolvimento desses serviços em cada país.
Com índice 4,72, o Brasil fica em 60º lugar no ranking do IDI, atrás dos nossos vizinhos Uruguai (50º lugar), Chile (55º) e Argentina (56º); mas à frente do México (79º), da China (78º) e da Índia (119º). O ranking é liderado pela Coreia do Sul que, com índice 8,56, é o país mais conectado do mundo na avaliação da UIT. Em seguida, vêm Suécia, Dinamarca, Islândia e Finlândia, Holanda e Luxemburgo.
Dos dez países mais conectados, oito ficam na Europa. Nesse grupo de elite, os únicos não europeus são a Coreia do Sul e o Japão, que aparece em oitavo lugar. A lista dos dez primeiros permanece quase a mesma do ano passado. A única mudança é a ascensão do Reino Unido, agora em nono lugar, e a consequente queda de Singapura, que foi do décimo para o 12º.
Na outra ponta do ranking estão 18 países africanos. São os que têm pior estrutura de comunicações e acesso à internet em todo o mundo. O Níger fecha a fila com índice 0,88, o mesmo do ano passado. Nota-se que há pouca mobilidade também nesse outro extremo do ranking. A ITU aponta que é nos países em desenvolvimento que as mudanças são maiores.
O relatório destaca o Brasil como um dos países onde a banda larga, fixa e móvel, tem avançado continuamente. O país engordou seu IDI em 0,54 e subiu sete posições no ranking. Outros países que tiveram expressiva melhora foram Cazaquistão, Arábia Saudita, Bahrein, Azerbaijão e Bielorrússia.

O IDI se torna mais significativo quando combinado com outro índice calculado pela UIT, o ICT Price Basket ou IPB. Ele estabelece a relação entre as tarifas de telefonia e acesso à internet e a renda da população. Quanto maior o IPB, menos acessíveis são esses serviços e menor é o IDI.
O IPB é alto em países pobres, onde cai ano a ano. É baixo nos países ricos, onde tem se mantido estável. O Brasil melhorou nesse item, indo de 4,7 em 2011 para 4,1 neste ano. Mesmo assim, ainda está na posição 93, o que mostra que os serviços de comunicação ainda são caros para a população brasileira.
O Brasil é o quarto país onde as operadoras mais faturam com serviços de telecomunicações, atrás apenas de Estados Unidos, Japão e China (com base em dados de 2010). É também o quarto na relação entre faturamento em telecom e produto nacional bruto. Nesse item, o Brasil é superado apenas por Senegal, Vietnã e Quênia.
Um dado positivo é que o país se destaca também no volume de investimentos nessa área. Nesse quesito, fica em quinto lugar, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Índia.
PaísFaturamento em telecom
(bilhõesde dólares)
Estados Unidos353
Japão152
China129
Brasil79
Alemanha73
PaísInvestimento em telecom
(bilhões de dólares)
Estados Unidos70
China34
Japão17
?dia13
Brasil11

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Órgão responsável mostra especificações do padrão de memória DDR4

Veio a público na terça-feira (25) a especificação do novo tipo de memória RAM DDR4, com implementação de um novo processo de leitura, escrita e atualização de dados. O novo padrão aumenta o rendimento do computador e melhora o desempenho dos aplicativos, transferindo os dados para armazenamento e memória de forma mais rápida.

A especificação foi finalizada pela associação JEDEC, que é líder no desenvolvimento do padrão DRAM há décadas. Fabricantes de memória como Samsung, Mícron e Nanya já enviaram unidades de memória DDR4 para testes. Para se ter uma idéia da capacidade da nova memória, a velocidade de transferência de dados proposta na especificação é de 3,2 gigatransfers por segundo, o dobro da capacidade do padrão DDR3 atual, que é de 1,6 gigatransfer por segundo. A velocidade do barramento da memória também foi aumentada para 2133 MHz, contra 1333 e 1666 MHz do DDR3. Mesmo sendo muito superior ao padrão atual, o DDR4 teve seu consumo de energia reduzido para 1,2 volts, em comparação com 1,5 volts do DDR3.


Gráfico demonstra o menor consumo de energia do novo DDR4 (Foto: Reprodução)

Ainda não há uma data para a entrega dos novos chips DDR4, mas a esperança das fabricantes de memória é de entregar os novos pentes já em 2013. Por este motivo, as fabricantes de chips, como a Intel, estão sendo pressionadas para desenvolver mais rapidamente um chipset que dê suporte ao novo padrão.
O novo tipo de memória poderá ser utilizado em servidores, PCs e dispositivos móveis, entretanto, os computadores pessoais serão os primeiros a receber os novos pentes DDR4.